« Ya banni Israil fadalnakom ‘aan el ‘aalamin »
O filhos de Israel lembram da minha ajuda que vos encheu, que eu os preferi a todos os povos.
(O Corão - surate 2-47)

Diversos sitos mostram as inúmeras amaras relacionadas à historia do Egito e dos judeus. Nessa página. Alec Nacamuli e Yves Fedida, do Conselho Nebi Daniel, bem como J.F. Fau e Frédéric Abecassis, assinam artigos que permitem entender melhor os dois aspectos das origens de nossa comunidade – indígena e exógena.
Alec nos conta a história e seus estremecimentos desde a conquista árabe até nossos dias. Ele destaca a riqueza cultural, política e econômica chegada ao Egito em cada período histórico. Ele descreve o que foi a vida dos diferentes grupos sociais.
Com o censo Montefiore dos judeus de Alexandria, Yves abre uma janela sobre a arte humana dessa sociedade judeo-mediterrânea em 1840 e sua evolução até o que foi a sua especificação.
Achamosentretanto importante recordar algumas informações para situar o contexto de nossa argumentação.
Quando estuda-se a evolução da população judaica, constata-se simplesmente um acréscimo de 135% nos 3 anos a partir de 1897. Comparando com o acréscimo de 32% da população geral do Egito, esta claro que trata-se de uma comunidade principalmente não centenária.
| Ano | Populaçao Judaica |
| 1807 | 6000 |
| 1847 | 8500 |
| 1897 | 25200 |
| 1907 | 38635 |
| 1917 | 59184 |
| 1927 | 63550 |
| 1947 | 90000 |
| 1957 | 15000 |
| 1977 | 200 |
| 2005 | +/- 40 |
Não houve direito de terra para os judeus. Em 1897 eram 50% de nacionalidade estrangeira.Em 1927 quando o Egito transformou-se numa nação encontrava-se laire” a mesma percentagem.
Eram ou “sujeito local” ou “indígena” protegido então por uma potência ‘capitulaire”.A religião era a nacionalidade para o estado civil.Antes de 1926 não havia no Egito uma lei clara que podia definir a nacionalidade egípcia para os não muçulmanos.
As leis de 1926 e 1929 vieram confirmar que aqueles nascidos do Império Otomano antes da 1ª guerra mundial e possuindo uma certidão de nascimento turco-otomano, poderiam pretender à nacionalidade egípcia. Foi assim que os judeus sírio-libaneses ou irakianos obtiveram a nacionalidade egípcia facilmente.
Entretanto os judeus cujos pais ou eles mesmos que tinham nascidos no Egito, deviam comprovar que não tinham nacionalidade estrangeira desde 1848, o que para muitos era impossível.Foi assim que uma grande maioria encontravam-se “apatridas”. A nacionalidade se tornou uma questão “racial”como o artigo 10, parágrafo IV havia previsto. São Egípcios: “os filhos nascidos no Egito de um pai estrangeiro ele mesmo nascido là, quando esse estrangeiro equipara-se pela raça à maioria da população de uma pais de língua árabe ou de religião muçulmana. Isso teve graves conseqüências e explica também as sucessivas saídas da comunidade judaica, ainda mais que foi submissa à introdução de uma preferência nacional.
Jean François et Frédéric, mencionam também a presença dos “Karaitas” no Egito principalmente no Cairo. Essa comunidade contribui para a fundo antigo e importante da contribuição dos judeus à participação na modernidade proporcionada pelas sucessivas levas de imigração que trouxeram ao Egito e especialmente que os judeus “rabbanites” amplificaram.
« Honra aos antigos Membros da Comunidade de Alexandria »
Se alguém reconhece nessa foto uma pessoa favor nos avisar.
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